A Importância do Ortostatismo para Pacientes com Lesão Medular e Distrofias de Cinturas

O ortostatismo assistido traz benefícios físicos e psicológicos significativos para pacientes com lesão medular e distrofias musculares, contribuindo para uma maior qualidade de vida e prevenção de complicações. 

O ortostatismo, ou a capacidade de ficar em pé, desempenha um papel crucial na reabilitação e no manejo de pacientes com lesão medular ou distrofias musculares, como as distrofias de cinturas. Para esses pacientes, que muitas vezes não conseguem se levantar ou caminhar sozinhos, a inclusão de programas de ortostatismo pode trazer inúmeros benefícios físicos e psicológicos, contribuindo significativamente para a qualidade de vida. 

Benefícios Físicos do Ortostatismo 

Uma das principais vantagens do ortostatismo é a prevenção da osteoporose e da perda de densidade mineral óssea. Estudos indicam que a posição ereta, mesmo que assistida, promove a carga sobre os ossos, o que é essencial para a manutenção da sua densidade. Pacientes que permanecem deitados ou sentados por longos períodos correm um risco elevado de desenvolver osteoporose, o que pode ser mitigado com a prática regular de ortostatismo (BMC Musculoskeletal Disorders, 2023). 

Além disso, o ortostatismo auxilia na prevenção de contraturas musculares e melhora a amplitude de movimento, especialmente em pacientes com distrofias musculares, onde a perda de mobilidade pode ser progressiva e severa. A prática de ficar em pé também melhora a circulação sanguínea, favorece a digestão e ajuda na prevenção de úlceras por pressão, que são comuns em pacientes imobilizados (Rehab Management, 2023). 

Impacto Psicológico e Social 

Além dos benefícios físicos, o ortostatismo também tem um impacto positivo significativo na saúde mental e no bem-estar social dos pacientes. A possibilidade de ficar em pé, mesmo que assistido, permite que os pacientes interajam com seus pares e familiares de forma mais igualitária, mantendo contato visual direto. Isso pode melhorar a autoestima e reduzir o risco de depressão, que é comum entre pacientes que enfrentam limitações severas de mobilidade (Rehab Management, 2023). 

O ato de ficar em pé também está associado a uma melhora na função respiratória e no controle da bexiga e intestinos, aspectos que contribuem para uma maior autonomia e qualidade de vida dos pacientes. Esses efeitos são especialmente importantes em populações que já enfrentam desafios significativos na manutenção dessas funções (BMC Musculoskeletal Disorders, 2023). 

Conclusão 

Incorporar programas de ortostatismo para pacientes com lesão medular ou distrofias musculares é fundamental para preservar a saúde física e mental. Embora esses programas devam ser cuidadosamente planejados e monitorados para cada paciente, os benefícios potenciais justificam amplamente o seu uso. À medida que as tecnologias de suporte, como suportes ortostáticos e cadeiras de rodas com função de elevação, continuam a evoluir, as oportunidades para integrar o ortostatismo na vida diária desses pacientes também aumentam, proporcionando melhorias substanciais em sua qualidade de vida. 

Referências 

  • BMC MUSCULOSKELETAL DISORDERS. Systematic review and clinical recommendations for dosage of supported home-based standing programs for adults with stroke, spinal cord injury and other neurological conditions. BMC Musculoskeletal Disorders, 2023. Disponível em: https://bmcmusculoskeletdisord.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12891-023-06673-4. Acesso em: 7 ago. 2024. 
  • REHAB MANAGEMENT. Why Sit When You Can Stand? Rehab Management, 2023. Disponível em: https://www.rehabpub.com. Acesso em: 7 ago. 2024. 

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